sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Muito trabalho...

Quinta, fui até a ufsc pegar alguns textos para a minha pesquisa. Depois de selecionar cinco revistas com artigos bem legais na Biblioteca da Educação, fui até o xerox mais perto para fazer cópia dos artigos (que nem eram muitos, tipo dois ou três por revista).
O movimento não era grande na pequena sala com três máquinas e três funcionários. Quando chegou a minha vez, a moça que me atendeu olhou para as revistas e foi enfática:
- Não dá pra fazer tudo isso de cópias. É muito trabalho!
Eu, meio que não entendendo, pedi que ela explicasse melhor.
- É muita coisa. Vai demorar muito e ocupar a máquina durante muito tempo.
Olhei para as máquinas e uma delas estava desocupada, mas o olhar da moça continuava contrariado, encarando a pilha de revistas.
- Tá, quantas tu pode fazer pra mim?
- Ah, umas duas.
- Bom, vou tentar em outro xerox.
Saí confiante mas sem notar o olhar de descrédito da moça do xerox. Devia ter prestado mais atenção.
Depois de muito pernear pelo campus, o resumo da tarde: fui em quatro lugares diferentes e em todos obtive a mesma resposta: é muito trabalho...
Só consegui fazer cópias de um a dois textos por lugar. Não sei quantas vezes vou ter que voltar lá para conseguir todos os textos, ainda mais sem dar "trabalho" ou "muito trabalho" para o pessoal do xerox da ufsc.
Vou descobrir, afinal, estamos na Ilha da magia...

2 comentários:

Ingrid Frank disse...

E a gente ainda reclama do mau humor dos carinhas do DAEMA, né?

Carmen disse...

Nossa, Lia! Quando tu contas, parece até que os donos dos Xerox aí são baianos, hehhe! (Brincadeirinha, os baianos que não se ofendam).
Em relação a tirar cópias, levanto a discussão sobre tirar cópias de livros completos, altamente criticada pela mídia e que ocupou e ocupa ainda discussões no curso de Letras. Essa questão é bastante polêmica, porque ao mesmo tempo que se proíbe o xerox de livros completos, muitos livros não estão à disposição para venda, ou têm preços abusivos (cuja verba vai praticamente só para as mãos das editoras, diga-se de passagem). Eu sou a favor do acesso à informação antes de mais nada. Procuro comprar livros sempre que posso e tenho acesso aos livros que quero à venda, mas nem sempre isso é possível. Há poucos meses, quis comprar o livro do Bakhtin, "Marxismo e Filosofia da Linguagem", e descobri que ele está esgotado na editora há mais de um ano! Não sei o que acontece, se em tese a editora deveria querer vender, e eu conheço muita gente que quer comprar esse livro. Busquei pela internet e em sebos, e descobri várias outras pessoas em listas de espera para adquirir a obra. Isso é indignante.